BWV 161 [5]
Komm,
du süße Todesstunde
Vem! Vem! Ó doce hora de mi’a morte!
Tu que a redenção pronto anuncias!
Nesta vida não sou bom nem forte;
Vem! vem! E abrevia os tristes dias!
Se a alguém nosso Deus brindar a sorte
Ele o chamará p’ro além bem cedo,
Apesar de os homens terem medo,
Na morte é que cessam as porfias;
Seguro não há melhor consorte.
São Paulo, 13 de abril de 2011.
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Segunda de Mahler
BWV 162 [35]
Ach!
Ich sehe, itzt, da ich zu Hochzeit gehe
Ah! Agora vejo que caminho
Para as bodas com meu Bem-Amado!
Não mais ficarei aqui sozinho;
Deus chama e eu escuto Seu chamado.
São núpcias celestes, exaltadas!
Entrelaçamento de destinos!
Fim de todos meus mil desatinos;
A paz, afinal, de minhas bodas:
O fim das tristezas! Todas! Todas!
São Paulo, 14 de abril de 2011.
BWV 163 [19]
Nur
jedem das Seine
A cada qual só o que lhe couber;
O que lhe couber, nem mais nem menos.
Dão-se quinhões grandes e pequenos
Como a cada um bem convier.
Alguns riem, outros tantos choram,
Enquanto o destino tece a teia;
Mas todos no mundo não demoram.
Feliz quem a morte não receia!
Quem vê a morte, de vida, cheia!
São Paulo, 14 de abril de 2011.
BWV 164 [20]
Ich,
die ihr euch von Christo nennet
Ó vós, que tomastes para vós
O Nome de Cristo, nosso Deus:
Oh! Sabei que não estais a sós
Quando o Senhor conta os filhos Seus.
Há tantas moradas em Sua casa!
Ampla, mui ampla é Sua asa!
A asa que guarda os Seus amados,
A asa que aquece os rejeitados,
Com que Ele abriga a quem Lhe apraza.
São Paulo, 14 de abril de 2011.
BWV 165 [22]
O
heiliges Geist – und Wasserbad
A água do banho abençoa
Ó Tu, Santo Espírito de Deus.
Também meus pecados, oh! perdoa
Quando ali banhar os membros meus.
Como a água lava o que foi sujo,
Da sujeira d’alma agora eu fujo...
Não me juntes, não, aos filisteus,
Filhos do demônio, o dito-cujo.
Trata-me, Deus, como aos filhos Teus.
São Paulo, 14 de abril de 2011.
BWV 166 [16]
Wo
gehest du hin?
Oh! Aonde vais? Aonde vais?
Oh! Cuida teus passos no caminho:
No rumo que tomas há mil ais!
Oh! Aonde vais? Aonde vais?
Cuida! A senda boa é sem espinho!
Ah! Mas quem escolhe esta vereda
Que é reta, formosa e verdadeira?
É ela a jornada derradeira
Pouco antes que a morte te suceda.
São Paulo, 14 de abril de 2011.
BWV 167 [25]
Ihr
Menschen, rühmet Gottes Liebe
Ó mortais! Dizei do amor de Deus!
Celebrai as bênçãos que Ele dá!
Em Sua Corte todos são plebeus,
Mas ali não falta o bom maná.
Bem melhor ser pobre junto a Ele
Que rico no mundo vil das trevas.
Ai! Onde no mundo achar aquele
Que Tu com Tua bênção não elevas?
Ó mortais! Fugi das res malevas!
São Paulo, 22 de abril de 2011. Páscoa
2011,
sexta-feira da Paixão. Ridván 2011.
BWV 168 [17]
Tue
Rechnung! Donnerwort
Juízo! Palavra poderosa!
Até o santo teme tua pronúncia!
Quem de sã consciência ante Deus goza?
Quem conseguiu n’alma tal renúncia?
Quando na balança do Juízo
A alma tremer de vero medo,
Não lhe servirá riqueza ou siso!
Mas se Deus concede o grão segredo,
Mesmo o pecador vê o Paraíso.
São Paulo, 22 de abril de 2011. Páscoa
2011,
sexta-feira da Paixão. Ridván 2011.
BWV 168 [17]
Tue
Rechnung! Donnerwort
Juízo! Palavra poderosa!
Até o santo teme tua pronúncia!
Quem de sã consciência ante Deus goza?
Quem conseguiu n’alma tal renúncia?
Quando na balança do Juízo
A alma tremer de vero medo,
Não lhe servirá riqueza ou siso!
Mas se Deus concede o grão segredo,
Mesmo o pecador vê o Paraíso.
São Paulo, 22 de abril de 2011. Páscoa
2011,
sexta-feira da Paixão. Ridván 2011.
BWV 170 [13]
Vergnügte
Ruh, beliebte Seelenlust
Em minha alma amado prazer sinto
E desfruto o gozo da quietude!
O sangue é vermelho e o vinho é tinto
E – ah! – eu sou azul na plenitude.
Como o santo Paulo, ao ver Corinto,
Percebeu ali terra bem boa,
Vejo o bem no mundo, e a alma voa!
Plano em azuis céus de regozijo:
Ai! Que venha agora o meu Juízo!
São Paulo, 22 de abril de 2011. Páscoa
2011,
sexta-feira da Paixão. Ridván 2011.
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