sexta-feira, 27 de junho de 2014

Bachianas poéticas BWV 171-180



 
BWV 171 [18]
Gott, wie dein Name, so ist auch dein Ruhm


Deus! Como é Teu Nome é Tua fama!
Celebrado és em todas terras.
Ah! Pois em Ti todo o Bem encerras,
E, dos que amam, Tu és quem mais ama!
Do alto, Teu chamado nos proclama:
Que é o Teu Nome que nos vai salvar.
De Cristo Te chamas, de Bahá...
Oh! Para Ti tantos nomes há!
Mil nomes, porém, sem nenhum par.


São Paulo, 22 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sexta-feira da Paixão. Ridván 2011.
 



BWV 172 [37]
Erschallet, ihre Lieder, erklinget, ihr Seiten!


Elevai-vos, ó sagrados cantos!
Ressoai, ó vós liras celestiais!
Que cessem, dos homens, tristes prantos:
O Senhor convida aos esponsais!
Em êxtase místico, dará
A cada alma um posto junto aos santos
E ali, só ali desposará.
As núpcias serão p’ra eternidade.
Ele nos desposa por bondade...


São Paulo, 22 de abril de 2011.
 



BWV 173 [34]
Erhöhtes Fleisch und Blutt


Exaltada carne, excelso sangue;
Sofrida... Vertido... Por nós todos.
Oh! Temei, mortais, que  Deus se zangue!
Oh! Por quais esforços, quais denodos
Fareis juz ao corpo santo, exangue?
Não, o sacrifício não tem custo:
É todo de graça, por bondade.
Ah! Mas ponderai no que é bem justo:
Observai, humildes, Sua Vontade.


São Paulo, 22 de abril de 2011.
 



BWV 173a [33]
Durch lauchtster Leopold (sec.)


Ó Leopoldo, ilustre, Bach te quis
Prestar homenagem, reverente.
Registrou teu nome, sê feliz!
Sobre tantos outros, foi silente...
Devias ser grande, talvez bom.
Um pouco de ti eu pesquisei
P’ra saber qual era este teu dom...
Para mim, Bach, hoje, é como um rei,
Mas sobre os teus feitos, nada sei...


São Paulo, 22 de abril de 2011.





BWV 174 [32]
Ich liebe den Höchsten von ganzen Gemüte


Com toda minh’alma eu amo a Deus!
Altíssimo, forte, soberano!
Quem não reconhece os feitos Seus,
Na sua alma é enfermo, ou insano.
Como mil Julietas, mil Romeus,
Adoro Sua face celestial;
Mesmo que eu tivesse outros mais eus,
Todos amariam tal e qual.
Coloca-me, ó Deus, co’os filhos Teus!


São Paulo, 22 de abril de 2011.
 



BWV 175 [26]
Er rufet seinen Schafen mit Namen


Ele chama cada ovelha Sua
Oh! Pelo seu próprio e dado nome!
Se no pasto brilha a luz da lua,
Seu amor, que nunca se consome,
Guarda cada uma com carinho.
Ele é o bom Pastor! Leva a alma tua
Logo ao Seu aprisco, como ao ninho.
E o sangue Seu, que é sagrado vinho,
Oferece... e a alma desjejua.


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 175 [26]
Er rufet seinen Schafen mit Namen


Ele chama cada ovelha Sua
Oh! Pelo seu próprio e dado nome!
Se no pasto brilha a luz da lua,
Seu amor, que nunca se consome,
Guarda cada uma com carinho.
Ele é o bom Pastor! Leva a alma tua
Logo ao Seu aprisco, como ao ninho.
E o sangue Seu, que é sagrado vinho,
Oferece... e a alma desjejua.


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 176 [8]
Es ist ein trotzig und verzagt Ding


Há uma coisa ousada n’alma humana;
E há outra, também, que se intimida.
Uma delas luta, quase insana;
A outra, distância quer da vida:
Não baixa, não baixa sua guarida.
Co’os animais uma nos irmana,
Mas a outra – ah! – silente e quieta
Faz-nos alcançar a doce meta:
Salva-nos da vida tão tirana.


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 177 [36]
Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ


Senhor Jesus Cristo, por Ti clamo!
Contempla o que temos provocado!
Tu és o Deus que tanto louvo e amo,
Mas tens me faltado um bom bocado!
Onde está a paloma com seu ramo?
Um homem é o lobo do outro homem;
Ai! Loucos, violentos, crus se comem!
Ajuda-nos, Mestre! Ó meu Amo!
Cada dia mais venturas somem...


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 178 [33]
Wo Gott der Herr nicht bei uns hält


Onde não está conosco Deus,
Onde o Senhor Deus não nos ajuda,
Ali somos como fariseus,
Não há salvação que nos acuda.
Oh! Caminhai todos os momentos
Junto ao Senhor, vosso Deus gentil!
Oh! Acendei velas, círios bentos;
Louvai o Invisível, o Sutil!
Oh! Ele concede bênçãos mil!


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 179 [17]
Siehe zu, daß deine Gottesfurcht nicht Heuchelei sei


Cuida que não seja hipocrisia
Toda a piedade que tu tens.
Ah! O fariseu no templo ia,
Mas Deus não o tinha entre os Seus.
Cuidado co’ aquele que ter admira!
Ai! A fé louvada é uma fé má!
Os sinais da fé, tem sempre em mira:
Firmeza nas leis que o Senhor dá;
Paciência no bem que o Senhor tira.


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 180 [35]
Schmücke dich, o liebe Seele


Te adorna, querida alma minha,
Teu esposo espera já no altar.
Anda para o teu Senhor! Caminha!
Ai! Quanto mais tardas, mais azar.
Reservou-te um dote sem igual,
Das riquezas que Ele sempre tinha;
O vinho seleto de Sua vinha.
Ah! Não teme as núpcias; afinal,
Teu começo é quando é o teu final!


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.

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