BWV 11 [23]
Lobet
Gott in seinen Reichen
Louvai ao Senhor em todos os reinos
Que a Ele pertencem tão somente;
Bem mais que suporta a nossa mente
Com todas ciências, todos treinos,
É Sua onisciência soberana.
Louvai Seu amor, que tudo abrange,
Acima de toda dor mundana.
Louva-o melhor a fé humana,
Bem mais que os mil versos que eu
arranje.
São Paulo, 17 de novembro de 2009
(Assisti De Profundis com PRAS)
BWV 12 [18]
Weinen,
klagen, sorgen, zagen
Tristeza, lamento, choro e medo:
Destino da alma extraviada,
Pois longe de Ti não há mais nada,
Apenas a dor do vil degredo.
Melhor falecer aqui bem cedo
Do que mil pecados expandir.
A vida não vale nada mais,
Ainda que ajunte os bens mortais,
Se a Ti não dirige o seu porvir.
São Paulo, 17 de novembro de 2009
BWV 13 [15]
Meine
Seufzer, meine Tränen
Meus tantos suspiros! Minhas lágrimas!
Meus tantos suspiros! Minhas lágrimas!
E o resto é somente dor e dor!
Padeço de um mal que mal agüento,
Que tira de mim o doce riso,
Que tira de mim o doce amor.
Ah! Quisera eu ser do mal isento...
Já isso seria o paraíso!
Já isso seria o fim da dor!
São Paulo, 17 de novembro de 2009
BWV 14 [19]
Wär
Gott nicht MIT uns diese Zeit
Se não estivesse Deus conosco
Durante este tempo todo, todo,
A vida seria só engodo –
Até nosso fim seria tosco...
É Ele quem dá sentido à vida,
Quem mostra o caminho e a nobre meta;
Com Ele a batalha é combatida
Co’ alento sublime do Profeta
Co’ a boa certeza d’alma reta.
São Paulo, 20 de novembro de 2009
(Feriado da Consciência Negra)
BWV 16 [2]
Herr
Gott, dich loben wir
A Ti nós louvamos, ó Senhor,
Por todos os tempos, sem parar:
Louvamos no riso, com amor,
Louvamos nas dores, a esperar
Tua bênção – tão ampla quanto o mar.
No júbilo e na tristeza – sim –
Louvamos Teu Nome até o fim,
O fim desta vida tão pequena,
Ah! que se agiganta e a Ti acena...
São Paulo, 20 de novembro de 2009
(Feriado da Consciência Negra)
BWV 17 [3]
Wer
Dank opfert, der preiset mich
Aquele que Me agradece, sincero,
Ah – este Me louva com fervor.
Suas faltas gigantes Eu tolero,
Suas lágrimas são sinais de amor.
Silêncio! Que cale o vil clamor
Aquele que não tem gratidão!
O que Me agradece, Me compreende
E tem, do infinito, sua porção
Que até o infinito – e mais – se
estende.
São Paulo, 20 de novembro de 2009
(Feriado da Consciência Negra)
BWV 18 [4]
Gleichwie
der Regen und Schnee vom Himmel fällt
Assim como a chuva e a neve caem
Do céu generoso do Senhor,
Também muitas graças dali saem
– as graças que expandem Seu amor.
A chuva e a neve são visíveis:
Derramam na terra o seu sabor;
As graças de Deus são discerníveis,
Suas bênçãos dos céus são disponíveis,
Àquele que é-Lhe adorador.
São Paulo, 20 de novembro de 2009
(Feriado da Consciência Negra)
BWV 19 [5]
Es
erhubt sich ein Streit
Um grande conflito apareceu
Na alma sofrida de um bom crente:
Suas dores chegavam no apogeu,
Sua mágoa doía renitente.
Meu Deus! Como foi que sucedeu
Tamanho conflito dentro d’alma?
Como foi roubar a paz e a calma?
É o amor ao mundo – impertinente –
Inimigo estulto do que é Teu.
São Paulo, 20 de novembro de 2009
(Feriado da Consciência Negra)
BWV 20 [6]
O
Ewigkeit, du Donnerwort
Ó tu, Eternidade, que ressoas;
Palavra que vibras qual trovão!
De todas promessas, sempre boas,
De Deus, és só tu o melhor quinhão!
Daquilo que em ti sempre coroas
Com dias sem fim, alvissareiros.
Em teu seio anjos e pessoas
Convivem com Deus, de ti meeiros.
São Paulo, 21 de novembro de 2009
Um comentário:
Co'doçura de suas palavras me deleito...
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