sexta-feira, 27 de junho de 2014

Bachianas poéticas BWV 181-190


 

BWV 181 [34]
Leichtgesinnte Flattergeister


Espíritos fracos, insinceros,
Hão de arder no fogo, eternamente:
Juízos divinos são austeros!
(O calor do fogo já se sente!)
São brandos com homens bem sinceros:
Tende, ante Deus, pois, sinceridade!
Nem vossos bons atos vos redimem!
Deixai que as esp’ranças vos animem:
Ofertai a Deus a honestidade.


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 182 [32]
Himmelskönig sei willkommen


Ah! Sede bem-vindo, Rei do céu!
Vede! Nos curvamos ante Ti!
Nenhum homem há, que não é réu,
E vens com Juízo, como eu cri.
Vens julgar o crente como o incréu:
De p’ssoas não fazes acepção,
Nem fazes juízo torto, ao léu.
Estás entre nós, no coração;
Regala aos sinceros seu troféu!


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 183 [2]
Sie werden euch in den Bann tun


Banir-vos-ão! Oh! Banir-vos-ão!
De todas as vilas e cidades.
Sem teto, sem mesa, roupa ou pão:
Vítimas solenes de adversidades.
Mas... não lamenteis essas maldades!
Ah! A mão que mais vos injuria
É a mão que o próprio Senhor guia!
Não fosse o degredo tal ventura,
Não vos tocaria uma mão dura...


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 184 [3]
Erwünschtes Freudenlicht


Sê benvinda, ó Luz da alegria!
Refulge em meu triste coração!
Onde brilhas, noite se faz dia,
Oh! Fica e alumia a escuridão!
Oh! Fica em mim, não te afastes não!
Tudo fica fácil onde há riso;
As cargas da vida são mais leves!
E na alegria há muito siso
Para guiar nossas vidas breves.


São Paulo, 24 de abril de 2011.
 



BWV 185 [4]
Barmherziges Herze der ewigen Liebe


Ó coração! Tão pleno de graça!
E cheio de amor imorredouro.
Rompe, da tristeza, a vil couraça;
Recebe a alegria, gran tesouro!
Deixa que te invada toda a luz
Que na terra vale mais que o ouro:
Ah! A luz que emana de Sua face
E sobre o altar do mundo nasce
É graça: tesouro imorredouro.


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 186 [6]
Ärgre dich, o Seele, nicht


Ó minh’alma! Não te agita não!
Repousa serena, bem serena...
Já logo se vai a confusão
E o Senhor te dá Sua mão amena.
Vai! Firma-te n’Ele sem mais medo,
Eis que Ele te traz a redenção!
Vê! O tolo cai em erro ledo:
O Senhor não tarda muito, não!
Cuida que Ele chega bem mais cedo!


São Paulo, 23 de abril de 2011. Páscoa 2011,
sábado de Aleluia. Ridván 2011.
 



BWV 187 [7]
Es wartet alles auf dich


Vê! Todos esperam só em Ti!
Pois só em Ti há alguma esp’rança.
A alma que Te ama, em vez de a si,
No repouso eterno bem descansa,
No céu é feliz qual colibri!
Ó Senhor, Que não seja em vão, não!
Que esperamos cada bênção Tua.
Buscamos o manto de Tua mão,
Que possa vestir a alma nua.


São Paulo, 25 de abril de 2011.
 



BWV 188 [15]
Ich habe meine Zuversicht


Sei que tenho minha confiança
No Pai que me guia e, qual criança,
Eu O sigo com toda alegria!
Oh! Só é possível a certeza
Se a Deus ofertamos nossa vida.
(Vi um anjo ali! Aonde ia?)
Neste mundo a vida é só dureza...
Que bem, o caminho é só de ida!
(Olhei para um anjo... ele sorria!)


São Paulo, 25 de abril de 2011.
 



BWV 190 [18]
Singet dem Herrn ein neues Lied


Cantai ao Senhor nova canção,
Que já não mais seja deste mundo;
Canção de sentido mais profundo,
Que supere toda outra invenção.
Cantai! Cantai aos céus seu refrão!
Co’ a dor em minh’alma eu me deleito
(E com alegria aos céus aceno!),
Como o rouxinol canta sereno
Co’ espinho aguilhado no seu peito!


São Paulo, 25 de abril de 2011.


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