Não conheço, do amor, as tramas
Não conheço, do amor, as tramas,
Pois meu peito é raso, é
rasteiro.
Ah! Eu me queimo em suas
chamas...
O amor é maldoso! Vezeiro!
Tratei de nele acreditar,
Pois todos o diziam bom!
Quem sou eu para duvidar?
Sou eu que estou fora de tom...
O amor revela! O amor acalma!
Assim escrevem os poetas...
O meu amor matou minh’alma:
Era torto, sem linhas retas.
O amor rejuvenesce! ...Sei...
O meu me roubou muitos anos.
E quando mi’a angústia esbocei,
Me cumulou de mais enganos.
O amor traz consigo a cegueira:
Quem ama nada mais enxerga!
Suspira a razão derradeira,
Sob o peso do amor se verga.!
Tantos vivem, de amor, felizes!
Passam rindo! Passam cantando!
Não sabem do amor os deslizes
Que vão a vida esfacelando.
Por certo há amores, e amores...
Há os que são, e os que não são.
Estes se enchem de muitas dores.
Oh! Aqueles dão redenção!
Tenho de aprender a amar
Antes que seja muito tarde!
Ah! Para a alma sossegar,
E chegue o meu fim sem alarde...
São Paulo, 16/4/11
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